Abordagens Clássica, Burocrática e Sistêmica da Administração
Abordagem Clássica
Período: Final do século XIX e início do século XX.
Principais teóricos: Frederick Taylor (Administração Científica) e Henri Fayol (Teoria Clássica).
Essa abordagem surgiu em um contexto de industrialização e busca por produtividade. Baseia-se na divisão do trabalho, na padronização das tarefas e na hierarquia rígida, visando eficiência operacional.
Na Administração Pública, inspirou modelos centralizados e mecanicistas, nos quais o servidor cumpre ordens e o gestor exerce controle sobre os processos — uma lógica funcional, mas pouco flexível.
Abordagem Burocrática
Teórico principal: Max Weber.
Objetivo: Combater o patrimonialismo e o clientelismo típicos do Estado pré-moderno.
Defende uma organização baseada em normas, hierarquia e impessoalidade, com ingresso por mérito e competência técnica.
No setor público, a burocracia weberiana representou um avanço, garantindo legalidade e imparcialidade. Contudo, seu excesso de formalismo resultou em morosidade e distanciamento entre a máquina pública e o cidadão.
Abordagem Sistêmica
Período: A partir da década de 1950.
Base teórica: Teoria Geral dos Sistemas (Ludwig von Bertalanffy).
A visão sistêmica entende a organização como um sistema aberto, no qual todas as partes são interdependentes e interagem com o ambiente.
Na Administração Pública, essa abordagem favoreceu uma visão integrada e dinâmica do Estado, promovendo coordenação entre políticas, órgãos e níveis de governo, além do uso de feedback para aprimorar a gestão. Essa perspectiva contribuiu para superar a fragmentação típica dos modelos anteriores.
