Definição e Tipos
A virtualização é uma tecnologia que cria versões virtuais de servidores, sistemas operacionais, armazenamento e redes em um único hardware físico.
Ela permite que vários sistemas funcionem de forma isolada, otimizando o uso da infraestrutura e reduzindo custos.
Esse processo é gerenciado pelo hipervisor, software que distribui os recursos do hardware entre as máquinas virtuais (VMs), garantindo eficiência e flexibilidade aos ambientes de TI.

Figura 1 – Conceito de virtualização. Fonte: Cloud4U (2025). Disponível em: cloud4u.com
A virtualização é um dos pilares da computação moderna, permitindo que diferentes sistemas operacionais e aplicações operem com segurança em um mesmo equipamento.
Os hipervisores, que tornam isso possível, se dividem em dois tipos: Tipo 1 e Tipo 2, distintos pela forma como se conectam ao hardware.
Hipervisor Tipo 1 — Bare Metal
O hipervisor Tipo 1, ou bare metal, é instalado diretamente sobre o hardware, sem depender de um sistema operacional.
Gerencia CPU, memória e rede de forma direta, garantindo alto desempenho e segurança.

Figura 2 – Arquitetura do hipervisor Tipo 1. Fonte: RedSwitches (2025). Disponível em: redswitches.com
Por acessar diretamente o hardware, o desempenho é superior e o isolamento entre VMs reforça a segurança.
Esse modelo é usado em data centers e infraestruturas de nuvem.
Entre os exemplos estão o VMware ESXi, Microsoft Hyper-V Server, Xen Server e KVM.
Apesar da eficiência, requer hardware compatível e conhecimento técnico mais avançado para instalação e gerenciamento.
Hipervisor Tipo 2 — Hospedado
O hipervisor Tipo 2, ou hospedado, é instalado sobre um sistema operacional já existente (Windows, Linux ou macOS).
Funciona como um aplicativo que utiliza os recursos do sistema para criar e gerenciar máquinas virtuais.

Figura 3 – Arquitetura do hipervisor Tipo 2. Fonte: MakeUseOf (2023). Disponível em: makeuseof.com
É simples de usar e ideal para testes, aprendizado e desenvolvimento.
Permite rodar vários sistemas em um mesmo computador, mas o desempenho é inferior e a segurança depende do sistema base.
Exemplos incluem o Oracle VirtualBox, VMware Workstation, Parallels Desktop e QEMU.
Análise Comparativa
O Tipo 1 prioriza desempenho e segurança, enquanto o Tipo 2 valoriza simplicidade e acessibilidade.
O primeiro domina ambientes corporativos e de nuvem (como AWS e Azure), e o segundo é comum em uso doméstico e acadêmico.

Figura 4 – Comparativo entre hipervisores Tipo 1 e Tipo 2. Fonte: Tekmart (2021). Disponível em: tekmart.co.za
Tabela Comparativa
| Característica | Tipo 1 (Bare Metal) | Tipo 2 (Hospedado) |
|---|---|---|
| Instalação | Direto no hardware | Sobre o sistema operacional |
| Desempenho | Alto | Médio |
| Segurança | Elevada | Moderada |
| Facilidade de uso | Menor | Maior |
| Uso típico | Servidores e nuvem | Testes e aprendizado |
A virtualização, por meio dos hipervisores Tipo 1 e Tipo 2, revolucionou o uso dos recursos computacionais.
O primeiro é ideal para empresas que exigem desempenho e segurança, enquanto o segundo atende bem a usuários e desenvolvedores que buscam praticidade.
Ambos são essenciais para a transformação digital, promovendo eficiência, economia e escalabilidade em diferentes contextos.
