Protocolos Roteáveis x Protocolos de Roteamento
É essencial compreender a diferença entre protocolos roteáveis e protocolos de roteamento. Uma boa forma de entender é imaginar o sistema de endereçamento postal.
Os protocolos roteáveis, como IPv4 e IPv6, funcionam como o endereçamento de uma casa: eles indicam para onde o pacote deve ir e como chegar lá. Já os protocolos de roteamento, como RIP, OSPF e EIGRP, são como o sistema dos correios, que decide por onde o pacote vai passar — ou seja, qual o melhor caminho até o destino.
O funcionamento é simples: cada roteador começa sabendo apenas quais redes estão diretamente conectadas a ele, como alguém que conhece apenas as ruas do próprio bairro. O protocolo de roteamento entra em ação e faz com que o roteador avise seus vizinhos sobre as rotas que conhece. Esses vizinhos repassam a informação a outros roteadores, e assim, em poucos segundos, toda a “cidade” (rede) sabe como chegar a qualquer endereço. Isso permite que os roteadores atualizem suas tabelas automaticamente e mantenham o tráfego fluindo de forma eficiente.
Cada protocolo de roteamento usa critérios diferentes para escolher o caminho mais vantajoso. O RIP, por exemplo, prefere a rota com o menor número de saltos (hops), como quem escolhe a viagem com menos conexões. O OSPF leva em conta o custo e a velocidade dos links, buscando a rota mais rápida. Já o EIGRP é mais “inteligente”: analisa vários fatores — como largura de banda, atraso e confiabilidade — para decidir qual caminho oferece o melhor desempenho.
